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Diário de Bordo Aula #9 | Curso YCL 2020.2: Transição de sistemas alimentares: Brasil e Mundo


Joana iniciou sua apresentação abordando a contribuição dos sistemas alimentares para a emissão de gases de efeito estufa. Os dados por ela apresentados demonstram que aproximadamente 73% da superfície terrestre livre de gelo está ocupada com alguma atividade agrícola ou pecuária. A palestrante ressaltou que a mudança do uso do solo e sua rápida intensificação têm sido essenciais para o aumento da produção de alimentos, criação pecuária e produção de fibras.

Na sequência, a professora destacou a importância de conhecer os fatores antropogênicos e climáticos que ameaçam a segurança alimentar no futuro. Conforme apresentou, 821 milhões de pessoas no mundo apresentam algum grau de subnutrição, enquanto 2 bilhões de adultos são obesos. Além desta relevante discrepância, o sistema alimentar está sob pressão por fatores climáticos e não climáticos. Entre os não climáticos, estão o crescimento populacional e da demanda por produtos de origem animal; entre os climáticos estão as alterações nos padrões de temperatura, de precipitação e de eventos extremos.

Joana demonstrou, ainda, quais são os principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa no setor de agropecuária, sob uma ótica integrada de ciclo de vida. Segundo os dados apresentados, a produção de alimentos é responsável por até 37% das emissões totais antropogênicas de gases de efeito estufa; perdas e desperdício alimentar resultam em até 10% das emissões antropogênicas.

Por fim, Joana apontou que o Brasil é o 3º maior emissor de gases de efeito estufa no setor agropecuário; ademais, a bovinocultura é uma das principais responsáveis pela expansão da fronteira agropecuária, impactando também na mudança do uso do solo, além das emissões diretamente relacionadas à produção de carne e outros produtos de origem animal. Atrás da atividade bovina, no Brasil, sobressaem-se como emissoras de gases de efeito estufa as atividades em solos agrícolas, devido ao uso de fertilizante e de adubo de origem animal e de restos de culturas agrícolas; dentre elas, destaca-se o cultivo de arroz.

Sobre a palestrante:

Joana Portugal Pereira é professora adjunta do Programa de Planejamento Energético (PPE) do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE/UFRJ) (Rio de Janeiro, Brasil) e investigadora convidada no Centro de Política Ambiental (CEP) do Imperial College London (Londres, R.U.). Atua como autora dos relatórios de avaliação (AR6) do Grupo de Trabalho III do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas das Nações Unidas (IPCC) e no Relatório Emissions Gap Report 2020 (UNEP).


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