AULA #8 | Diário de Bordo Curso YCL 2021.2
É estranho pensar no tamanho do nosso impacto nas alterações climáticas, afinal, o que nós fazemos que pode de verdade mudar o clima? Não temos nada a ver com a agropecuária ou com o desmatamento que ocorre no Cerrado ou na Amazônia, certo? Errado! Apesar de estarmos muitas vezes distantes de realidades exploratórias e predatórias que implodem ecossistemas marinhos e terrestres, temos sim nossa parcela de culpa nesse processo, afinal todo esse mercado gira porque não temos políticas públicas eficientes para combatê-lo, e é aí que entra a participação pública na escolha de políticos que prezam pela preservação do meio ambiente.
Na aula da Paula Bernasconi sobre “Mudança do uso da terra e florestas”, entendemos mais a fundo os impactos ambientais causados pela retirada de elementos naturais, além disso, reforçamos o pensamento do duplo papel das árvores como fonte de absorção e emissão de gases, assim como, percebemos o quão delicado é o equilíbrio da natureza. Quando há o desmatamento de florestas temos a liberação de gás carbônico no ambiente, no entanto, os benefícios gerados não são suficientes para compensar essas perdas e temos dessa forma um crescente aumento da concentração de carbono e o consequente aquecimento global.
O REDD+ foi um dos mecanismos pensados na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP, para remunerar países pelo combate ao carbono e para reverter a lógica da degradação florestal. Desse modo, começamos a ver ações mais efetivas por parte dos governos mundiais no combate ao desmatamento, contudo, elas ainda não são satisfatórias e necessitam de uma maior intensidade.
Por fim, após destrincharmos as ações por trás do REDD+ fomos introduzidos no que está por vir na COP 26, com o debate do artigo 6º do Acordo de Paris e suas possíveis implicações no futuro. Esse encontro foi uma virada de chave dentro do curso YCL 2021.2, pois com os conhecimentos anteriores conseguimos de fato enxergar a profundidade dos problemas ambientais atuais e que no fundo, política, economia, meio ambiente e ativismo estão sim conectados na perspectiva de uma verdadeira mudança climática. Nós, enquanto sociedade civil, fazemos parte desse movimento, como também temos nossa parcela de culpa na alteração climática, mas agora não temos mais tempo a perder e precisamos pensar no nosso presente para habitarmos um futuro junto com outros animais.
