AULA #16 | Diário de Bordo Curso YCL 2021.2
Ultimamente, o termo “Justiça climática” está em alta, por conta do ativismo ambiental que discute e estuda sobre esse assunto, desde o racismo à mobilidade urbana. Na aula sobre Justiça Climática, a Marina, palestrante da noite, trouxe reflexões sobre o tema, onde houve uma grande troca de conhecimento e experiências dos participantes da turma, relatando histórias reais de vida e de momentos de luta pela causa.
O Racismo é um espaço que as pessoas têm medo de discutir, mas que é necessário. Nesse sentido, a Marina trouxe um outro olhar para a questão, além da cor da pele, das práticas culturais ou religiosas, nos vimos debatendo um tipo de racismo pouco abordado, no caso, o ambiental, no qual, pessoas são segregadas geograficamente por conta do lugar em que vivem, nesses territórios, há indivíduos que são acometidos por injustiças sociais e também climáticas, tanto por ausência de políticas públicas efetivas ou por práticas do setor privado nesses locais.
Em aula discutimos o caso do Haiti, o país é muito atingido por eventos geofísicos e meteorológicos, onde os locais do país que foram atingidos, demoram para serem socorridos e reerguidos. Após a exposição um grande questionamento percorreu os estudantes, se isso acontecesse em Nova York, o socorro demoraria a chegar? Como ocorreu na igreja de Notre-Dame em Paris, que logo após a igreja pegar fogo, houve um movimento para reerguê-la. Então, esse foi um grande ponto de reflexão.
Contudo, essa prática da injustiça ambiental é majoritariamente por conta do capitalismo, a segregação de indivíduos ocorre por conta de políticas públicas que apenas favorecem pessoas ricas, majoritariamente da cor branca, quem tem dinheiro paga mais e vive “melhor”, como exemplo disso, no Brasil, os aterros sanitários são próximos a comunidades mais vulneráveis, elas também, por meio desse ambiente, tiram o sustento para a sua sobrevivência. Por fim, vivemos em uma conjuntura global, onde o dinheiro vale mais que uma vida digna.