AULA #14 | Diário de Bordo Curso YCL 2021.2
Quando pensamos nas mudanças climáticas, percebemos por parte da comunidade acadêmica, uma grande onda de pesquisas para tentar entender o que de fato está ocorrendo no mundo e como isso pode nos impactar no presente e no futuro, enquanto seres vivos. Porém, o que é produzido na universidade não chega de fato nos tomadores de decisão que estão nos altos postos políticos.
Como a Carolina Genin, nossa palestrante da aula sobre “A agenda climática como norteadora da retomada econômica e desenvolvimento dos negócios” nos salientou, é necessário criar pontes para que as pessoas no comando possam tomar atitudes mais eficazes em relação às mudanças climáticas, assim como, negociações.
Uma economia mais verde representaria um ganho para todos os países no mundo, para o Brasil poderia apontar um crescimento de R$ 2,8 trilhões. Aqueles que são contrários a essas mudanças geralmente alegam que seria uma ruptura brusca com os antigos sistemas, no caso, o petróleo, a indústria do plástico entre outros, mas como a Carolina nos alertou não é uma “ruptura” e sim a valorização de boas práticas, que iria alavancar setores tradicionais como a infraestrutura, a agricultura, além de tornar o países em desenvolvimento menos desiguais, esses fatores em conjunto tornariam, inclusive, essas nações mais competitivas.
Atualmente, em muitos países, o crescimento econômico está descolado da mitigação dos Gases de Efeito Estufa (GEE), e isso é um fator preocupante, nas terras brasileiras isso poderia representar uma perda de 2,5% do PIB até 2050, decorrente de extremos climáticos. Então, as empresas adotarem um modelo de Governança Ambiental, Social e Corporativa, não deve ser mais uma questão de “se”, mas sim de quando isso será feito, porque caso não ocorra poderá representar um risco para outras empresas e para a humanidade como um todo.
Clima, economia e democracia andam lado a lado, as empresas devem, aliadas às pesquisas universitárias, buscar formas de tornar seus negócios mais sustentáveis, com o apoio do governo, que deve incentivar essas mudanças. O livre comércio e as relações internacionais só têm a ganhar quando a natureza fica a salvo de desgastes gerados pela produção humana de forma irresponsável, por isso, devemos perseguir essa realidade.